sexta-feira, 6 de março de 2015

Maconha ou Cigarro: o que é pior?

Eu sou professora e falo pelos cotovelos, e, talvez, parece que eu saiba demais sobre as coisas, mas, é apenas parecer mesmo... kkkkk Sou uma desafiadora de mim mesma e procuro instigar a busca pelo conhecimentos nos outros, e, dessa forma vou sendo também vítima dos meus ensinamentos.

Essa semana iniciei minhas aulas no EJA do município, turma da noite com alunos entre 15 a 50 anos. Apesar do péssimo esteriótipo criado sobre os alunos que estudam à noite, tive o prazer de passar bons momentos logo na primeira aula com as turmas.

Resolvi começar com um levantamento do que eles entendiam e conheciam sobre a Educação Física, contei como escolhi a área e falei sobre as temáticas que os alunos associaram quase que automaticamente, futebol, alimentação, academia, drogas, etc.

Um dos alunos entendeu que a Educação Física discute as questões relacionadas ao corpo e me questionou algo que admito demorei a responder: "O que é pior, o cigarro ou a maconha?"

Respondi inicialmente, que ambos fazem mal as pessoas, mas, trazem ações diferentes aos envolvidos. Enquanto, o cigarro faz do usuário a sua maior vítima, a maconha representa um problema social, posto que não é apenas o consumo que está associado, mas, a dependência que amplia o uso para outras drogas e até mesmo para a prática de crimes para o sustento do vício.

Me recordei automaticamente quando trabalhei nos jogos escolares e meus alunos comentaram como era importante aquela experiência, pois, sabiam que o mundo oferece muitos prazeres e que poderiam facilmente, estarem envolvidos com outras coisas que não poderiam render bons frutos.

Dessa forma, acredito que a palavra chave seja prazer. O que é prazer? O prazer é saudável? Eu me conheço o suficiente para saber quais as possibilidades de prazer que podem me fazer bem?

Retomando a Escrita: Experiências em Educação Física

Eu sempre quis ter um blog mas, por conta da correria do dia-a-dia, acabo esquecendo de postar alguma coisa. Escrever esteve sempre como uma das coisas que gosto de fazer e decidi que vou me policiar para postar pelo menos alguma coisinha ou outra sobre as minhas vivências.

Para atualizar um pouco, tenho trabalhado pelo estado da Bahia e município de Salvador, como servidora pública efetivada, dando aulas de Educação Física. No estado tenho turmas do Ensino Fundamental II (8º e 9º anos) e Ensino Médio (1º ao 3º ano). No município tenho uma vivência maior com os grupos menores do Fundamental I (1º ao 5º ano) e agora, abracei a oportunidade de dar aulas para o EJA.

Só para deixar um pouco sobre minhas últimas experiências, tenho aprendido bastante com as turmas dos pequenos, que até então não era prática minha. Outro dia, na turma do 1º ano um dos alunos me disse que queria ir ao banheiro "cagar", pois é, nessas palavras mesmo. Fiquei um pouco sem saber como agir em relação ao termo usado mas, permiti que fosse ao banheiro e aproveitei para pensar em como ensinar o termo correto. Boba eu, que fiquei elaborando teorias. Um dos menores da sala de apenas 5 aninhos, me disse todo feliz: "Pró, ele falou "cagar", mas, o certo é "obrar", né?" kkkkkkkkkkkkkkk

Pois bem, aí está algo que não está em livros e nem em "receitas" de como ensinar.

A simplicidade que ainda nos falta, a leveza de encarar com naturalidade, o olhar de uma criança.